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União Europeia atribui 200 000 Euros em resposta ao surto de cólera em Angola

Em resposta à recente epidemia de cólera em Angola, a União Europeia atribuiu 200 000 EUROS em financiamento da ajuda humanitária. O apoio visa ajudar o país a conter o surto, que representa um risco significativo para mais de 380 000 pessoas.

O financiamento da UE reforçará os esforços da Cruz Vermelha angolana na prestação de ajuda tão necessária, incluindo água potável, cuidados de saúde, saneamento e higiene. Além disso, a intervenção centrar-se-á na comunicação dos riscos e no envolvimento da comunidade para combater a desinformação e aumentar a sensibilização do público.

Os surtos de cólera continuam a aumentar em Angola, com oito regiões afetadas desde o início de janeiro de 2025. Em 2 de fevereiro de 2025, foram comunicados um total de 1710 casos, com 59 vítimas mortais. O projecto terá uma duração de quatro meses, até ao final de maio de 2025, e deverá chegar a 384 mil pessoas nas zonas mais atingidas do Bengo, Cuanza Norte, Huambo, Huíla, Ícolo e Bengo, Luanda, Malanje e Zaire. O financiamento faz parte da contribuição global da UE para o Fundo de Emergência de Resposta a Catástrofes (DREF) da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

Nesta fase, a província de Luanda é a mais afetada. Todos os municípios da província estão classificados como de alto risco devido à mobilidade da população e à circulação de mercadorias, tendo o município de Cacuaco sido identificado como epicentro do surto. A epidemia é exacerbada pela sobrelotação e saneamento inadequado em áreas urbanas densamente povoadas.

A estação chuvosa em curso e as más condições de saneamento aumentam a necessidade de uma ação rápida e coordenada por parte das autoridades de saúde, das ONG e dos parceiros internacionais. São necessários esforços imediatos para conter o surto, impedir uma maior transmissão e assegurar o tratamento atempado das pessoas afetadas. O surto também representa uma séria ameaça para as províncias vizinhas, o que evidencia a necessidade de uma resposta nacional abrangente.

Antecedentes

A União Europeia, juntamente com os seus Estados-Membros, é o principal doador mundial de ajuda humanitária. A ajuda de emergência é uma expressão da solidariedade europeia para com as pessoas necessitadas em todo o mundo. Tem por objetivo salvar vidas, prevenir e aliviar o sofrimento humano e salvaguardar a integridade e a dignidade humana das populações afetadas por catástrofes naturais e crises de origem humana.

Através do seu Departamento Europeu de Proteção Civil e Operações de Ajuda Humanitária, a União Europeia ajuda anualmente milhões de vítimas de conflitos e catástrofes. Com sede em Bruxelas e uma rede mundial de gabinetes no terreno, a UE presta assistência às pessoas mais vulneráveis, com base nas necessidades humanitárias.

A Comissão Europeia assinou um acordo de contribuição humanitária no valor de 14,5 milhões de euros com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) para apoiar o Fundo de Emergência da Federação para Resposta a Catástrofes (DREF). Os fundos do DREF são principalmente atribuídos a catástrofes de «pequena escala» – as que não dão origem a um apelo internacional formal.

O Fundo de Emergência de Resposta a Catástrofes foi criado em 1979 e é apoiado por contribuições de doadores. Cada vez que uma Sociedade Nacional da Cruz Vermelha ou do Crescente Vermelho necessita de apoio financeiro imediato para responder a uma catástrofe, pode solicitar fundos à DREF. Para catástrofes de pequena escala, a FICV atribui subvenções do Fundo, que podem depois ser reconstituídas pelos doadores. O acordo de contribuição entre a FICV e o ECHO permite a este último reabastecer o DREF para operações acordadas (que se enquadram no seu mandato humanitário) até um total de 10 milhões de Euros.

Para mais informações, contactar:

Peter Biro, responsável regional de informação para os Grandes Lagos, África Oriental e Austral, Proteção Civil e Operações de Ajuda Humanitária Europeias (ECHO): [email protected]

 

 

 

Peter Biro, responsável regional de informação para os Grandes Lagos, África Oriental e Austral, Proteção Civil e Operações de Ajuda Humanitária Europeias (ECHO): [email protected]